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Nego do Borel alterna alguma falta de noção e muita religiosidade em sua única música lançada neste ano, a primeira após rompimento do contrato com a gravadora Sony, no fim de 2019. “Vida de Bacana” resume bem os últimos meses da carreira dele, hoje pausada por conta do isolamento social.

Na letra, o funkeiro carioca de 27 anos se diz perseguido e querendo fugir de tretas, mas depois canta: “Nego do Borel falando, tiro na tua cabeça / Agradeço a Deus por tudo, por sempre me proteger”.

Nego fala com propriedade quando o assunto é “como é ser criticado”. Se existisse um ranking de artistas cancelados no Brasil em 2019, o cantor provavelmente teria ficado no topo.

Ele protagonizou vários episódios polêmicos, com destaque para dois:

  • Fez perguntas de matemática em troca de dinheiro para crianças que trabalhavam no sinal, zoando quando elas erravam;
  • Fez um comentário transfóbico dizendo que a webcelebridade transexual Luisa Marilac era “um homem gato”. “A gente vai errando, aprendendo, errando, aprendendo, errando, acertando, acho que errando… Eu me arrependo, sim, de algumas coisas, mas eu vejo como um aprendizado na minha vida. E vou subindo de nível mental, nível pessoal, nível profissional e a vida é uma escola”, conclui.

“A gente vai errando, aprendendo, errando, aprendendo, errando, acertando, acho que errando… Eu me arrependo, sim, de algumas coisas, mas eu vejo como um aprendizado na minha vida. E vou subindo de nível mental, nível pessoal, nível profissional e a vida é uma escola”, conclui.

De 2018 a 2020, o cantor ganhou 4 milhões de seguidores no Instagram: hoje tem 11,5 milhões. Números como esse mostram que o cancelamento é, sim, relativo. Um desses seguidores é o jogador holandês Memphis Deepay: uma inusitada obsessão futebolística do cantor.

A música pop brasileira também vem ganhando força fora do Brasil e Nego sabe disso. Ele tem feito aulas de inglês. “Eu sei que daqui a uns dois anos o funk vai estar muito explodido fora do Brasil. A gente vai ter que se comunicar com os gringos.”

Nego do Borel fez uma sala de aula em casa. Ele diz que estuda até três horas por dia, de segunda a a sexta. “O segredo está na nossa força de vontade. A gente é tudo que a gente quiser. Se eu quero aprender e estou focado, não tem mistério.”

G1

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