fbpx

A trilha de 2017 foi diversa. A lista é de acordo com o que foi escrito sobre cada disco quando ele foi lançado e, claro, não é indiscutível.

Foi o ano em que bandas resolveram apostar de vez no rock dançante: de Arcade Fire e The XX a Paramore e Queens of the Stone Age.

Demi Lovato, Miley Cyrus, Harry Styles e Kesha mostraram que 2017 também foi bom para álbuns crus e orgânicos de artistas solo do pop.

Mas teve mais. Sam Smith e Lorde passaram no teste do segundo disco. Ed Sheeran, Maroon 5, Chainsmokers e Imagine Dragons não se arriscaram e se mantiveram nas paradas.

O Killers lançou um disco meio U2 e o U2 lançou um disco totalmente U2. Lana Del Rey, Liam Gallagher, Gorillaz e Taylor Swift também lançaram álbuns. Veja lista:

‘Red Pill Blues’, do Maroon 5, é o disco da banda com mais convidados na carreira – LEIA MAIS

“Red Pill Blues”, sexto álbum do Maroon 5, é o auge de uma fórmula que deu muito certo. Se o rock está em baixa há um tempinho, o jeito é fazer pop eletrônico óbvio. Não parece ser por acaso a banda de Adam Levine ter mais participações neste disco do que em toda a carreira somada.

Katy Perry tenta ‘pop consciente’ sem hits óbvios – LEIA MAIS

Quando Katy Perry anunciou que seu novo disco seria um “pop com propósito” muita gente segurou a respiração. A intenção é boa e o álbum está longe de ser um desastre, mas “Witness”, o quinto álbum da cantora, deixa a desejar.

Miley Cyrus abandona ousadia e volta às baladas country pop com ‘Younger Now’ – LEIA MAIS

Com mudanças no visual, som e comportamento, Miley fez seu álbum mais pessoal. Mesmo assim, é uma pena que “Younger Now” fique aquém das expectivas. É um disco de country pop pouco inspirado, com só três bons momentos. Nas letras, sobram metáforas bobinhas.

Chainsmokers lança 1º disco com candidatas a megahit e letras que lembram sertanejo – LEIA MAIS

Com arranjos suaves, mas ainda colantes, a dupla americana Chainsmokers segue cantando os “perrengues” da juventude topzera americana (e mundial, por tabela). Mesmo que para isso entregue versos que muito fazem lembrar hits sertanejos.

Demi Lovato na capa de 'Tell me you love me' (Foto: Divulgação)

Demi Lovato na capa de ‘Tell me you love me’ (Foto: Divulgação)

Demi Lovato tenta fazer disco ‘cru’ sem hits fáceis, mas convoca 40 produtores em ‘Tell Me You Love Me’ – LEIA MAIS

O sexto disco de Demi não tem sucessos fáceis. Os gêneros da vez são R&B e hip hop, tudo arrastado e sensual. São 40 produtores e um perigoso meio do caminho. Não é pop o suficiente para paradas, pistas ou corridinhas no parque. Também não é pessoal ou “cru” o bastante.

Capa de 'The Thrill of It All' de Sam Smith (Foto: Divulgação)

Capa de ‘The Thrill of It All’ de Sam Smith (Foto: Divulgação)

Sam Smith arrisca pouco e repete chororô em seu 2º disco, ‘The Thrill of it All’; LEIA MAIS

O segundo disco de Sam Smith não foi feito para correr riscos. Quem chorou com os sucessos “Stay with Me” e “I’m not the only one”, em 2014, tem 14 novos motivos para chorar de novo. São os mesmos produtores e intenções da estreia do cantor londrino de 25 anos.

Imagine Dragons junta rock para estádios e pop do produtor de Wanessa – LEIA MAIS

O Imagine Dragons mostra em seu terceiro disco, “Evolve”, como domina a arte de fazer um rock de estádio. De novo, rolam letras no estilo “siga seus sonhos”; percussão forte em versos meio canto de torcida e um pop rock que esbarra de leve no R&B, new metal, indie…

Capa de 'Divide', de Ed Sheeran (Foto: Divulgação)

Capa de ‘Divide’, de Ed Sheeran (Foto: Divulgação)

Ed Sheeran segue fórmula pop folk romântica em ‘Divide’ – LEIA MAIS

O que era até que espontâneo em “+” e “x”, parece esquemático em seu terceiro e recém-lançado trabalho, “÷” (“Divide”). São 46 minutos divididos por 12 músicas, botando no mesmo pacote pop, folk, rap e letras açucaradas ou autobiográficas.

Arcade Fire: ‘Everything now’ tem DJ do Daft Punk e som festivo com letras deprê – LEIA MAIS

Será que a banda que sobreviveu ao indie rock dos anos 00 equilibrando popularidade e respeito viraria pop de arena genérico? A resposta do quinto álbum dos canadenses é: não, eles continuam estranhos. Ainda é Arcade Fire, mas não tão inspirado…

Capa de 'Humanz', do Gorillaz (Foto: Divulgação)

Capa de ‘Humanz’, do Gorillaz (Foto: Divulgação)

Gorillaz: pop vigoroso e sombrio de ‘Humanz’ parece trilha de filme de terror; LEIA MAIS

“Humanz”, quarto disco da “banda de desenho” Gorillaz, começou a ser feito em 2016 como se fosse a trilha sonora de uma ficção tenebrosa. Sai em 2017 como reflexo de um pesadelo real. É um universo de racismo, paranoia, indistinção entre verdade e mentira e pessimismo.

Paramore une letras pessimistas e pop colorido em melhor disco da carreira – LEIA MAIS

“After Laughter”, quinto álbum do Paramore, parece ser de alguma daquelas bandas dos anos 2000 que tentavam se parecer com bandas dos anos 80. E isso, neste caso, é bom. É legal ver o talento de Hayley Williams rendendo algo que vá além da gritaria punk emotiva.

'Songs of experience', do U2 (Foto: Divulgação)

‘Songs of experience’, do U2 (Foto: Divulgação)

U2 ainda quer salvar o mundo e manter sua própria relevância em ‘Songs of experience’; LEIA MAIS

“Songs of experience” tem aquele Bono discorrendo sobre grandes questões da humanidade. O U2 ainda quer salvar o mundo. Mas o mundo ainda quer ser salvo pelo U2? A banda não foge do seu velho rock para estádios, mas dá um tapa na produção para tentar se manter atual.

Foo Fighters vão aos extremos do pop e do peso em ‘Concrete and gold’ – LEIA MAIS

Você nunca ouviu Dave Grohl tão calmo nem tão bravo quanto em “Concrete and gold”, 9º disco dos Foo Fighters. A banda leva ao extremo a fórmula inventada pelos Pixies e aperfeiçoada pelo Nirvana de alternar guitarras limpas e melódicas com a distorção e gritaria descontroladas.

Queens of the Stone Age dança sem tropeçar nem perder o peso em ‘Villains’; LEIA MAIS

O Queens of the Stone Age não muda a espinha dorsal do seu rock chapado, apenas se solta e balança o resto do esqueleto. Afinal, dançante nunca foi antônimo de rock. A banda americana tem a companhia do produtor Mark Ronson.

The xx abraça o pop e dá menos espaço para melancolia em 3º disco –LEIA MAIS

Quase 8 anos depois do começo da carreira, o grupo inglês muda de direção em “I see you” com uma pegada mais pop, que vai ter espaço nas pistas de dança. A capacidade de produzir faixas com cheirinho de sucesso, de alta qualidade pop, é impressionante em “I see you”.

‘Rainbow’, de Kesha, tem pop cru ‘soltinho’ e emotivo – LEIA MAIS

Com o desprendimento de quem parece não ter mais nada a perder, Kesha fez o melhor disco de sua carreira. E o negócio aqui é pop cru, sincerão, sem estilo definido: das baladas ao piano com vocais floreados aos rocks de garagem no estilo Blondie depois do quinto drinque.

One Direction: Temos um vencedor. Harry Styles prova ser o mais talentoso com disco solo classudo – LEIA MAIS

O grande time dos ex-membros de grupos vocais que superaram seus coleguinhas na carreira solo ganhou novo nome: Harry Styles. O ex-One Direction larga os arranjos genéricos e se arrisca em folk (“Sweet creature”), power pop (“Only angel”) e rock de arena (“Kiwi”).

The Killers faz de ‘Wonderful wonderful’ um disco bonito, mesmo parecendo mais U2 do que deveria – LEIA MAIS

“Wonderful wonderful” , quinto disco da banda americana, tem muito do lado Bruce Springsteen e pouco do lado pop. O problema aqui é que o Killers nunca pareceu tanto com o U2. As partes quero ser Bono são as piores, mas o disco é bonito mesmo assim.

 'Lust for life', Lana Del Rey (Foto: Divulgação)

‘Lust for life’, Lana Del Rey (Foto: Divulgação)

Em ‘Lust for life’, Lana Del Rey volta menos sombria e supera fase ‘queria estar morta’ – LEIA MAIS

Em seu quarto álbum, Lana Del Rey continua a sussurrar sobre amores trágicos, mas a luz no fim do túnel é mais clara em refrãos e dedilhados de violão. Há belas parcerias de The Weeknd, Sean Lennon, Stevie Nicks e ASAP Rocky. Note como o álbum é variado.

Taylor Swift se divide em ‘Reputation’ e vai de mauzona a boazinha em 15 músicas – LEIA MAIS

Sabe quando você enche a cara e começa a falar mal dos outros? Então, o sexto disco da Taylor Swift pode ser (rasteiramente) assim resumido. Citando drinques e parecendo estar escorada em uma mesa de boteco, ela se divide entre o pop sujo e o saltitante.

Liam Gallagher: ‘As you were’ é melhor trabalho de um ex-Oasis desde a separação – LEIA MAIS

A estreia solo do cantor inglês é o álbum que mais recupera a energia dos anos 90 depois da briga entre irmãos Gallagher. Ainda se sente a falta de Noel: um pouco nos solos e muito nas composições. Só que Liam trabalhou melhor e teve ajuda do produtor Greg Kurstin.

Lorde faz de ‘Melodrama’ melhor disco pop do ano, com intensidade e sem tantos clichês – LEIA MAIS

“Melodrama”, o segundo de Lorde, é um sobre uma mulher entre 16 e 20 anos. E que, nesse tempo, terminou um namoro e virou uma cantora de sucesso. É sobre isso, mas pode ser sobre qualquer um que ouvir e conseguir se ver no disco, ou se envolver com a história contada. O fato de essas tarefas serem simples mostra que o disco é bom demais.

Informações do G1

Postagens Recentes